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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ESTA POSTAGEM É DO PR. JOSÉ ROCHA DA IGREJA ROCHA VIVA DE FLORIANÓPOLIS/SC

OS DISCÍPULOS QUERIAM A GLÓRIA, MAS NÃO A CRUZ

ISAÍAS 53.7

I. CUMPRINDO A VONTADE DE DEUS
Em gritante contraste com a atitude de Jesus, que partiu na direção de Jerusalém disposto a CUMPRIR A VONTADE DE DEUS, os discípulos que o acompanhavam queriam apenas RECEBER UMA POSIÇÃO DE PODER E GLÓRIA.
No princípio da jornada, Jesus lhes havia revelado claramente a vontade de Deus: Ele deveria ser entregue nas mãos dos gentios, para ser torturado e morto, e então ressuscitar da sepultura ao terceiro dia. Eles, porém, não entenderam. Acreditavam que Jesus estava indo a Jerusalém para restaurar Israel e estabelecer um reino terrestre – uma espécie de tomada do poder, destituindo o governo instaurado pelo Império Romano.
Quando se aproximavam de Cafarnaum, começaram a discutir (Mc 9.33-37). Podemos imaginá-los andando pela estrada e falando com voz exaltada:
- Ninguém batizou mais gente que eu!
- Pode ser, mas eu sou o mais instruído. Mereço a posição mais importante!
Pensavam apenas na glória e no poder. Não percebiam ou não queriam ver que havia um preço a pagar.
Mais adiante, ao deixar a Galiléia e entrar na Judéia, Pedro perguntou a Jesus: “Nós deixamos tudo para seguir-te! Que será de nós?” Jesus lhes disse: “Digo-lhes a verdade: Por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o filho do homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19.27-28).
Ao se aproximarem de Jerusalém, a expectativa dos discípulos aumentou. Sem ainda compreender a vontade de Deus, estavam convencidos de que Jesus estabeleceria um reino terrestre em Jerusalém e pensavam na glória que Ele lhes prometera.
Cerca de uma semana antes, Cristo lhes falara do sofrimento e da morte que enfrentaria em Jerusalém. E agora, mais uma vez, chamou os discípulos de lado e declarou: “Estamos subindo a Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o entregarão à morte e o entregarão aos gentios para que zombem dele, o açoitem e o crucifiquem. No terceiro dia ele ressuscitará!” (Mt 20.18-19).
Os discípulos de Jesus ouviram claramente ele falar sobre sua morte, mas a mente deles estava ocupada com pensamentos de glória. A mente natural rejeitava a idéia de que Jesus tinha de passar pela dor e pela morte, bem como a possibilidade de que eles também pudessem ser maltratados e mortos. Era muito doloroso pensar nisso.
Logo após a declaração de Jesus, Tiago e João chamaram Jesus para uma conversa em particular: “Mestre, queremos que nos faça o que vamos te pedir”. “O que vocês querem que eu lhes faça?, perguntou ele. “Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda”. Disse-lhes Jesus: “Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice o que estou bebendo ou ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? ´Podemos´, responderam eles” (Mc 10.35-39).
Em essência, Jesus estava dizendo: “Existe um preço a pagar. Vocês devem estar capacitados e dispostos a beber o cálice que eu bebo”.
Sem compreender totalmente o significado e ansiosos por terem a solicitação concedida, Tiago e João responderam rapidamente: “Oh, sim! Somos capazes. Desejamos beber do mesmo cálice”.
Compartilhar o cálice era uma expressão que significava compartilhar o destino com alguém. O “cálice” que Jesus logo iria beber estava cheio de tristeza, angústia, dor e morte. Continha os pecados do mundo. Incluía a coroa de espinhos, a zombaria, os açoites, a vergonha e a morte.
Jesus sabia que só pela obediência à vontade de Deus, bebendo o cálice de dores, Ele poderia conquistar a vitória suprema sobre Satanás. Sabia que somente pelo derramamento do próprio sangue a vontade Deus seria efetivada.
Assim, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, para que sirvamos ao Deus vivo! No caso de um testamento, é necessário que se comprove a morte daquele que o fez, pois só assim tal documento poderá ser executado, uma vez que nunca vigora enquanto está vivo o testador. Por isso, a primeira aliança foi também sancionada com sangue (Hb 9.14-18).
Por meio do derramamento do sangue de Jesus, a vontade de Deus foi declarada válida e posta em ação! Conhecendo o preço – o cálice de dores que devia beber em Jerusalém -, Jesus não mudou de direção. Os seus ouvidos estavam abertos para ouvir a vontade de Deus. Ele não foi rebelde. E rumou para Jerusalém, a fim de enfrentar Satanás. Estava DETERMINADO – independente do custo – A FAZER A VONTADE DE DEUS, e assim continuou a caminhar pela estrada poeirenta de Jerusalém.

II. JESUS SUPORTOU A DOR PARA CUMPRIR A VONTADE DE DEUS

Os soldados retiraram as roupas de Jesus. Amarraram-no ao poste de açoites, encurvado, para que os músculos ficassem retesados, e começassem a espancá-lo.
Você consegue visualizar Jesus enquanto o soldado romano escolheu um chicote feito de tiras de couro com pedaços afiados de chumbo nas pontas e começou a castigá-lo? A cada golpe, o seu corpo tremia. Os pedaços de metal penetraram os músculos de suas costas, rasgando-os mais e mais, até transformá-los em uma massa disforme. Cada golpe que Jesus recebeu foi por mim e por você. Ele estava ali em nosso lugar e sofreu a punição por nossos pecados, nossa rebeldia, nossas doenças. E a cada golpe, fomos curados.
Os soldados retiraram-no do poste. Jogaram um manto púrpura sobre as suas costas ensangüentadas. Trançaram ramos espinhosos, fazendo-os parecer uma coroa de conquistador. Quando a colocaram em sua cabeça, os espinhos enterraram-se em sua carne. O sangue começou a escorrer-lhe pela face. Colocaram um cajado em sua mão, simbolizando o cetro real.
Enquanto eles o ridicularizavam, enquanto se curvaram diante dele clamaram: “Salve, Rei dos judeus!” Eles riam dele e cuspiram em seu rosto. Tomaram-lhe o cajado e bateram com ele em sua cabeça. Após os açoites e toda a zombaria, Pilatos se voltou para a multidão enraivecida no pátio do julgamento e anunciou: “Vejam, eu o estou trazendo a vocês, para que saibam que não acho nele motivo algum de acusação” (v. 4).
Então Cristo, machucado e sangrando, vestindo o manto de púrpura e a coroa de espinhos, se aproximou. Assentado em seu trono, Pilatos voltou-se a Jesus e disse: “Eis o homem!” (v. 5). Imagine o Filho do homem, o segundo Adão, O ungido, o Santo de Israel, o Redentor, o Rei dos reis e Senhor dos senhores! Observe o homem que não conheceu pecado, o Filho unigênito de Deus. Ele veio a este mundo para salvar aquelas pessoas de seus pecados: foi com este propósito que veio a esta terra. Entretanto, elas o desprezaram e o rejeitaram.
A multidão não demonstrou misericórdia enquanto Ele agonizava em silêncio. Eles clamam: “Mata! Mata! Crucifica-o!. “Levem-no vocês e crucifiquem-no. Quanto a mim, não encontro base para acusá-lo”, Pilatos respondeu. E o povo retrucou: “Ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus”.
Ouvindo isso, Pilatos ficou com medo. Poderia aquele homem à sua frente ser realmente o Filho de Deus? Levando-o para a sala de julgamento, Pilatos perguntou a Jesus: “De onde você vem?”.
Jesus, porém, não respondeu.
“Não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo e para crucificá-lo?”, Pilatos questionou.
Jesus sabe que a sua vida não estava nas mãos do Diabo, nem nas de Pilatos. Sabia que o seu futuro descansava na vontade de Deus. Então Ele corrigiu Pilatos: “Não terias nenhuma autoridade sobre mim, se esta não te fosse dada de cima. Por isso, aquele que me entregou a ti é culpado de um pecado maior” (v. 11).
Jesus não estava com medo. Não tentou defender-se nem salvar-se. Estava ali voluntariamente, para cumprir a vontade de Deus. Como cordeiro de Deus sem culpa, ofereceu a si mesmo.
Ele não hesitou nem se rebelou. Continuou trilhando a estrada do Calvário.

III. VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A PAGAR O PREÇO?

Depois de conhecer tudo o que Cristo passou e sofreu por nós até a cruz, creio sinceramente que só nos resta estar dispostos também a nos comprometer mais com Ele, crucificando os nossos desejos carnais, subjugando maus hábitos, vícios e mortificando algumas áreas de nossa vida que nos tem impedido de um envolvimento maior com sua obra. O principal objetivo do cristão deve ser edificar o Reino de Deus. Devemos perguntar-nos: “Os cuidados da vida estão impedindo que eu me comprometa mais com a obra de edificação do Reino de Deus nesta terra?”.
Pedro e Paulo aceitaram sofrer as conseqüências para que o poder de Deus se manifestasse na vida deles. Você está disposto a entregar-se diariamente, como um sacrifício contínuo e agradável a Deus?
Uma vida de compromisso e dedicação ao Senhor não é fácil. Seremos provados e teremos de lidar com zombaria e perseguição. Entretanto, à medida que vemos a transformação que Deus promove em nossa vida e como o seu poder se manifesta em nós e por meio de nós, perceberemos que nenhum sacrifício é grande o bastante para nos fazer desistir de uma vida tão rica e compensadora.

Deus te abençoe!


PR. JOSÉ ROCHA